Os exames para hepatite B são usados para diagnosticar a infecção e monitorar o tratamento, em pessoas que:
- Foram expostas ao vírus
- Participaram de atividades de risco, como uso de drogas injetáveis
- Têm exames de função hepática alterados
- Têm sintomas associados a doença hepática, como icterícia, urina escura, astenia e náuseas
Os exames a seguir são utilizados para pesquisar infecção pelo vírus da hepatite C (HCV):
- A pesquisa de anticorpos anti-HCV (ELISA) indica exposição ao vírus, mas não distingue doença ativa e contato anterior com o vírus. Exames positivos fracos podem ser falsos positivos, e devem ser confirmados pelo imunoblot.
- Imunoblot para HCV (Western blot, RIBA) é realizado para esclarecer resultados inconclusivos da pesquisa de anticorpos por ELISA. Em alguns casos, a indefinição permanece. Como o anterior, esse exame não distingue doença ativa e contato anterior com o vírus.
Os exames abaixo são realizados para diagnosticar infecção atual e para orientar e monitorar o tratamento:
- A carga viral do HCV pesquisa ou mede a quantidade de RNA do HCV no sangue. São empregadas técnicas qualitativas para diferenciar infecção atual de infecção passada. Técnicas quantitativas são usadas para monitorar a eficácia do tratamento. Este, quando bem-sucedido, torna o vírus indetectável.
- A genotipagem do HCV é usada para determinar a cepa do vírus que está infectando o paciente. Há seis genótipos principais identificados, com respostas diferentes aos diversos tratamentos existentes. Alguns genótipos precisam de tratamento mais longo que outros.
A pesquisa de HCV é recomendada nos seguintes casos:
- Usuários de drogas injetáveis
- Pessoas que receberam transfusões ou transplantes de órgãos antes de 1992*
- Pessoas que receberam concentrados de fatores da coagulação antes de 1987
- Pessoas submetidas alguma vez a hemodiálise prolongada
- Filhos de mães positivas para HCV
- Pessoas que sofreram acidentes com agulhas ou outros instrumentos contaminados com sangue positivo para HCV
- Pessoas com evidências de doença hepática
* Anticorpos anti-HCV são pesquisados em todas as doações de sangue desde 1992, e todo sangue com resultado positivo é rejeitado. O risco atual de infecção pelo HCV com transfusão de sangue é de cerca de um caso em dois milhões de unidades transfundidas.
A interpretação dos exames é mostrada na tabela abaixo:
Anti-HCV | Imunoblot | Carga viral | Interpretação |
Negativo | Não há infecção, ou a infecção está no período de incubação | ||
Positivo | Negativo | Anti-HIV falso positivo; não há infecção | |
Positivo | Positivo | Negativa | Infecção passada |
Positivo ou indeterminado | Positivo ou indeterminado | Positiva | Infecção atual |
A carga viral é usada para monitorar o tratamento. O tratamento eficaz provoca uma queda progressiva da carga viral, que permanece indetectável após a suspensão dos medicamentos.
Os anticorpos anti-HCV só são detectáveis algumas semanas após o contágio, e permanecem nos estágios mais avançados da doença.
Cerca de 25% das pessoas contaminadas com HIV têm também infecção pelo HCV, com risco de doença hepática de progressão acelerada.
A infecção com o vírus da hepatite C (HCV) com frequência progride para hepatite crônica, que pode resultar em cirrose hepática e câncer de fígado (carcinoma hepatocelular). A detecção precoce permite um acompanhamento detalhado e o tratamento da infecção crônica.